domingo, 4 de outubro de 2009

De olho no minhocão! Ui!

Meu!

Domingão, um milagre acontece!
Um dos maiores erros arquitetônicos da cidade vira área de lazer!
(Ok, os moradores dos prédios ao redor AINDA acham um pusta dum trambolho, mas eu tô querendo um pouco de alegria nesse domingo, pombas!)

O que é pegar a bike e cruzar o minhocão no domingão!
Você vai do centro, aqui na consolação, até a igreja de Perdizes, em dez minutos! E os planos inclinados são leves, uma coisa boa de colocar o ipod e deixar o som te levar, só nas pedaladas!

Eu conversei com uns PMs antes de subir (afinal, a bike tem 15 dias, quem tem tem medo)e não há praticamente ocorrências aos domingos.

Além do exercício, se você tiver sorte (ou olhos...), vai se deparar com cenas inusitadas, também...

Mentira? Olha isso...



Freirinhas fazendo caminhada por entre os prédios.. tão despreocupadas, quase nem viram a Kombosa que ia no mesmo sentido...





A Kombi era pilotada por uns estudantes, que estavam fazendo uma intervenção no minhocão! Tipo Kombi do Fred Flintstone, achei um barato os pézinhos lá embaixo, ploc,ploc,ploc...
A fotógrafa que tava com os caras tá ai na foto, tirando foto minha (ué! Virei intervenção também?)... Pena que eu tava só com meu celular e a resolução ficou média...

Então é isso. Post pra dar a dica: domingão, suba no minhocão!

sábado, 3 de outubro de 2009

Universo paralelo

Não é original, mas queria esse desenho aqui no blog, achei genial...



O original é do CAPINAREMOS ... tá na minha lista de blogs...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Magrela

hehe

Fiz a compra tem bem uns 15 dias. Pela internet.
Não é bem o tipo de coisa que se compra pela internet. Eu, pelo menos, não costumo.
DVDs, livros, eletrônicos, vá lá, nem tem tanto o que escolher. Ou o que errar. O mesmo DVD que eu vi na loja e tava sem grana na hora, vai ser o que vão me entregar se eu comprar pelo site.
Fora que eu já tinha comprado um tempo atrás no site dessa EMBARCAÇÃO SUBMERGÍVEL, e foi uma experiência péssima. Na época, era um computador. De uma marca brasileira, feito em Manaus.
Era uma firma nova, micros populares. Com um nome tão OTIMISTA, o que poderia dar errado?
(Perdão, leitor, mas parece que este post vai exigir um pouco de dedução, que eu não vou colocar o nome das marcas. Pode me chamar de cagão, sim. Mesmo porque, como foi tudo resolvido, a contento, melhor deixar quieto... e eles ainda tem o meu endereço...)
Deu errado.
Me mandaram um micro sem fonte de alimentação. Melhor, a fonte estava lá, mas o cabo não estava ligado na placa mãe. Eu costumava fazer manutenção em computadores, então peguei uma lanterninha e olhando pelos buracos na lateral, dava pra ver o cabo solto. Mas tem aquele lance do lacre, se você abre o treco, perde toda a garantia. Devolvi pro site, esperei, veio outro. Também com a fonte desconectada, mesmíssima coisa. Chequei o número de série, pra ver se não tinham mandado o mesmo de volta. Era diferente. Fala sério! Liguei pro Sub... digo, pro site, espinafrando os caras!
Pedindo o dinheiro de volta. A garota do atendimento ainda tentou perguntar se eu não queria trocar por outro. Confesso que minha resposta não foi educada, e ainda bem que ela foi profissional o bastante pra não desligar nem rebater minha sujestão de cunho sexual com alguma referência aos orifícios da minha mãe. Desculpas pedidas, ânimos acalmados, mandei o micro de volta e peguei o dinheiro. Isso anos atrás...

Por essas e outras que eu estava meio com o pé atrás de comprar minha bike pela internet. Mas tinha tantas fotos, de tudo quanto é ângulo, e tava tão linda no site, que eu não resisti.
Mandei ver!
Claro que esperava o melhor, mas me preparava também para o pior, ou seja, mantive o espírito pronto pra encarar uma bike sem roda, faltando marcha, algo do gênero. Visto o caso do micro, provavelmente iam me mandar sem o selim e eu ainda ia ter que ver a cara do entregador olhando pra mim e pro cano, segurando o risinho de deboche...
Graças a Zeus, dessa vez foi tudo nos conformes.
Os caras demoraram um pouco pra entregar, mas a semana passada foi tão turbulenta que eu nem notei o atraso. Na verdade, minha cabeça nem lembrava que tinha comprado uma magrela. Era pra ter sido entregue na segunda, ou terça, e me trouxeram a bichinha na quinta. Mas tava inteira. Só tive que encher os pneus e sair pedalando!

Uma coisa me espanta, sempre. Como é que uma vez que a gente aprende a andar de bike, nunca se esquece? Sem brincadeira, as últimas pedaladas que eu dei remontam o final do meu casamento, 5 distantes anos no passado. Achei que ia me esborrachar, mas fui que fui pelas ruas de Higienópolis! UAU!

Um único porém: Quem inventou que selim de bicicleta tem que ser aquela coisinha fininha, meu amigo? E dura! Alguém que não morava em uma cidade esburacada feito Sampa, só pode! Tá certo que eu não acho que as nossas bolas do saco, camaradas homens, são as coisas mais lindas da Criação, mas não precisa destruir as coitadinhas na porrada! E as pobres perseguidas da mulherada? Depois elas regulam falando que tão detonadas, a gente nem tem o que reclamar!

Assim que sair o pagamento já decidi: troco o selim por outro de silicone extra-soft e compro um capacete. Serei um ciclista consciente, com extremidades protegidas!

Se bem que, dependendo do custo, o capacete fica pra novembro.
Afinal, cada um protege o que lhe é mais caro, né?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Uma boa alma...

Putz...

Deleite, encantamento, questinamentos, incômodo...
O teatro fala (deve falar) à alma. O que dizer de "A alma boa de Set-Suan"?

Informações gerais, pra começar?

A peça está em cartaz no TUCA, de sexta à domingo. Domingo às 19:00 hs, os outros dias começa 21:30hs. Segue em cartaz até 04 de novembro (eles estenderam a temporada, a DENISE FRAGA, que é a protagonista, no fim do espetáculo deste domingo informou que o fim de semana último ia ser o encerramento, mas a peça estava sendo tão bem recebida que iam prosseguir com a montagem mais dois meses. Ela pareceu bem emocionada, com aquele jeitinho doce que ela tem, e nós, aqui da platéia, ficamos todos contagiados...).


Além da Denise, a peça conta com um elenco fantástico, difícil apontar um ou outro ator que se sobressaia. Eu vou puxar a sardinha pro Ary França e o Maurício Marques, que roubam a cena quando estão no palco!


Os cenários são fantásticos, figurinos, direção... rasgando a seda mesmo, porque tá tudo muito legal!

E o enredo?

O texto é uma adaptação do texto de Bertolt Brecht, e a ação se passa em um vilarejo da China. Onde no original temos 3 Deuses, na montagem do Marco Antônio Braz, o Ary encarna uma Santíssima Trindade muito engraçada, composta por "Ele, tudo que O cerca e uma pomba que parece uma gralha e você provavelmente conhece como Espírito Santo" (nas palavras Dele). Essa Trindade chega à Set-Suan no meio da noite, à procura de pousada, e em busca de uma alma que seja boa, e assim preserve sua fé na humanidade. Após diversas tentativas com os moradores locais, encontram a prostituta Chen Tê (Denise),que lhes dá o abrigo. Como pagamento lhe fornecem uma soma em dinheiro que irá propiciar que a jovem saia da vida que leva e possa seguir em busca de seus sonhos. É justamente sobre o que acontecerá com a vida de Chen Tê de posse desta quantia que se trata a peça. Brecht questiona os valores humanos, a possibilidade de permanecer um ser essencialmente bom em meio ao mundo contraditório que nos cerca. A peça foi escrita no exílio, em 1941, mas continua mais atual que nunca.

O humor permeia todo o texto, e vale a pena conferir e refletir, como nos pedem os atores ao fim do espetáculo, se há realmente uma resposta para a dualidade humana.



Como nos diz a própria Chen, tem de haver.

sábado, 26 de setembro de 2009

Cirurgia - Parte final

Post curto, pq eu não aguento mais falar da cirurgia, e ninguém aguenta mais ler.

Pior só os 36 e-mails do meu camarada Orlando sobre o pré-sal...

Antes de mais nada, deixar claro que o processo foi demorado, demorei entre identificar as hérnias e a operação mais de dois anos (três, na verdade...).
Confesso que todas essas peripécias do convênio ajudaram, mas eu estava mesmo era com um puuuuuuta cagaço... hehehe

Meus amigos fizeram uma chantagem básica pra que eu finalmente fosse pra faca, e o Dr. Fábio me convenceu ao explicar o novo método de cirurgia por vídeo-laparoscopia.
Segundo ele, a recuperação seria em 10 dias, 15... em menos de um mês eu estaria treinando meu Kung Fu again...
Bom, ele me enganou.
Foi por uma boa causa... quando fui tirar os pontos e perguntei pq ainda doía tanto, depois de quase dez dias, ele me olhou e perguntou: "se eu falasse a verdade, você não ia dar um jeito de adiar de novo a cirurgia?"
Filhadaputa!

Ok.
Eu ia...

Tem mais uns causos engraçados, tipo meu colega de quarto gay no hospital, que ia fazer cirurgia de fimose e queria algumas palavras de conforto (o que?!?!), ou eu ainda sob efeito da anestesia querendo arrancar tudo e sair na marra do quarto (o Dr. Fabio disse que isso é normal, outros pacientes também dão dessa... ele só frisou que eu sou o primeiro que é professor de kung Fu... hehehe...), mas deixa quieto, que o assunto já se estendeu demais...

Só agradecer a todos,

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cirurgia - parte 4

Como eu dizia...

Meu xará, Dr. Fábio, manja pra cacete. Escreveu um belo relatório sobre minha hérnia, só faltou fornecer o CPF da danada. Fiz tudo quanto é exame de sangue, em outro laboratório, claro, que não tava a fim de servir de almofada de agulha de novo. Tudo certinho, o pessoal do trampo avisado, tô pronto pra faca...

48 horas antes da cirurgia...

O hospital me liga, meu convênio negou a internação, afinal, não tinha a ultrassonografia da região inguinal. Faltava a ultrassonografia! POR QUE EU NÃO ENVIEI A ULTRASSONOGRAFIA?
Bem, o motivo de eu não ter enviado é bem simples. VOCÊ NÃO FAZ ULTRASSOM PRA DESCOBRIR HÉRNIA INGUINAL! Meu próprio médico que faz o exame periódico do trampo confirmou, o procedimento é clínico, é a tal "dedada no saco" que eu descrevi mesmo. Caput. Cabô. Thats it!

E toca adiar de novo a operação. Ê lerê. Nessa meu grau de emputecimento (e o do médico) já tava na estratosfera. Mas convênio pediu, convênio terá! Ultrassonografia, aí vou eu!

No dia marcado fui pra clínica. Não sabia bem o que me aguardava, fui meio desconfiado. Coloquei uma cueca nova, vai saber se tem enfermeira gostosa, né? Perfuminho, só não passei talco no pimpolho pra não parecer aviadado.
Na recepção, quando a atendente lê que é ultrassom da região inguinal, rola um sorrisinho disfarçado. Ou será minha imaginação? Vou pra salinha, entra uma enfermeira. Zeus, valeu! Tesãozinho, baixinha, bunduda, carinha de anjo. pede pra eu deitar na maca. Coloca uma toalha sobre mim, eu ainda de roupa, e fala pra eu esperar ela sair e baixar a calça e a cueca e cobrir com a toalha. Pensei, "pra que sair, babe? Não seja tímida, fica aqui...", mas ela saiu e eu fiz o que ela mandou. E fiquei esperando. Enquanto esperava, pensei naquela gracinha voltando, passando o gel, perguntando se tava geladinho... hummmm...
Pensando agora, por que eu sou tão imbecil, gente? Claro que nessas, o bicho ia dar sinal de vida. Lógico que ia ficar aquela elevação inequívoca na toalha.
E, mais evidente ainda, que quem ia voltar pra sala não era a delicia da mina, era o médico gay cinquentão que brilhou os olhos quando entrou e sorriu de orelha à orelha. Eu não sabia nem o que falar. ele deu uma risadinha, "isso acontece, é normal..." Normal pra QUEM, cara pálida? Só se for na sauna que você frequenta!
Bom, fiz o tal exame, mandei tudo pro convênio.

E rezei...

Dias depois, a confirmação da cirurgia autorizada!

Agora, não tinha mais como escapar...

CONTINUA...


"Eu falo 33, doutor?"
"Não, fala EU TE AMO..."

sábado, 29 de agosto de 2009

Cirurgia - parte 3

Então...


Meu, é uma porrada de exame quando se vai fazer uma operação. Tirei sangue pra teste disso, daquilo, coagulação, Ph, Uma porrada de tubinho.

E a mina do laboratório tinha "uma experiência" na coisa...

- Qual braço? Se for destro, esquerdo é melhor...
- Beleza, esquerdo... pô, quanto tubinho, né? Tira só uns dois litros, tá? - brinquei.
Nem um sorriso... ok, já senti que minha simpatia não serve pra nada aqui, eu fico quieto. Ai! Caraio! Detesto agulha...

Fantásticos esses tubinhos de coleta modernos, né? PLOF, encaixa na agulha, sangue, sangue, sangue... tira um, a agulha fica lá, pega outro - PLOF - encaixa e sangue, sangue,sangue. De novo, tira , pega outro - PLOF - e san... ué, parou? Será que eu morri?

-Hi... acho que entupiu ou perdi a veia (como se perde uma veia? Feito celular?)... dexôvê...
E a mina toca a cavocar com a agulha procurando a veia... e o braço ficando roxin,roxin...
- Olha, não é por nada não, mas tá doendo, viu? Não é melhor tentar no outro braço? (eu ia sugerir ela pegar a agulha e cutucar uma parte da anatomia da mãe dela, mas achei melhor ficar na minha...)
- Ah! É verdade, né? Só falta um tubinho... humm, acho que depois vai ficar doendo um pouquinho esse braço...
Disse, e sorriu! Pensei "agora você sorri, né, FDP? Sádica..."

Ok, exames feitos, marquei com o médico a data da cirurgia, tudo nos conformes.

Não é que dois dias antes da data o hospital me liga, o convênio não havia aprovado a cirurgia porque não concordava com o procedimento de colocar a tela cirúrgica? Meu médico ficou puto.

O que acontece é que essa tela é colocada para não haver reincidência da hérnia. Ela fica pro resto da vida, ali, reforçando a parede inguinal. Se você não coloca, a chance de voltar a ter hérnia é de 73%... com a tela baixa pra 2,7%... fala sério, né? E, detalhe, é de um material parecido com nylon, não sei o preço, mas deve ser uns 10 dólares, no máximo. Ou seja, foi desculpa do convênio pra adiar o gasto com a cirurgia.

Só que eu sou áries com ascendente escorpião, e meu médico também é Fabio.
A gente fez tudo de novo, refiz todos os exames (em outro laboratório, claro), e ele escreveu uma carta beeeeeem persuasiva pro convênio. Marcamos outra data pra internação e a faca.

CONTINUA...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Bukowski

(Eu publiquei esse no A Arte da Punheta, mas eu adoro Bukowski, e achei legal colocar aqui tb... AVISO - É UM POST BUKOWSKIANO, logo, CUIDADO COM A CENSURA!! huahuahuahuhauhua)



- Porra, você não vai sair da frente dessa merda hoje?

Na porta, a silhueta da mulher mostrava, contra a luz, que estava sem nada por baixo da camisola fina e transparente. Carlos sentiu um comichão na cabeça do pau, prenúncio de uma ereção. Mas a mulher continuou falando, e toda compulsão sexual foi pela descarga.

- A gente tá sem um puto, não tem leite pro café, até a porra do baseado tá racionada e você fica nessa merda de computador como se fosse um grande autor... quando a gente vai ver alguma grana dessa sacanagem toda que você escreve?

Rita tinha seus trinta e seis anos, mas parecia mais. Não muito. Tinha uns peitos generosos, daqueles que dá vontade de deitar a cabeça depois de uma foda bem dada. E uma bunda fenomenal. Muita garotinha não tinha o traseiro daquela mulher, que sabia dos seus dotes e se metia em umas calças apertadas que não deixavam nada pra imaginação. Decote e rabo. Foi isso justamente que levou Carlos, num impulso regado a muita vodka, a convidar a mulher pra uma trepada que levasse a vida toda, e ela aceitou e se mudou de mala e cuia pra casa do cara que aparecia todo dia no bar em que era garçonete. Os primeiros meses foram uma maravilha, trepavam como loucos, dia e noite, sem grandes preocupações. Havia publicado uma coletânea de contos eróticos usando o pseudônimo de uma garota colegial, e os tarados de plantão devoraram as histórias de sacanagem adolescente, rendendo uma boa grana, o bastante pra bebida, a comida e as drogas do casal. Mas a grana, assim como a inspiração pra escrever, uma dia acaba.
- Caralho! Já não falei pra não me interromper quando tô escrevendo? Porra, vai ver tevê, em vez de me encher o saco!
A mulher murmurou um ou dois palavrões e saiu, meio cambaleante. Deve estar bêbada, pensou Carlos. Ainda tentou escrever alguma coisa, mas não conseguia uma boa idéia. E olha que pensava em sacanagem pra caralho. Ficou mais meia hora no computador, olhando pornografia barata na internet, e foi pra cama. Rita dormia de bruços, ressonava, aquela bundona de fora, perfeita. Toda redonda, sem uma marca. Parecia zombar dele, gritava que era um incompetente, que não escrevia merda nenhuma que valesse a pena. Aquela era uma bunda digna de nota, ele um arremedo de escritor. Cinquenta anos nas costas e pra fazer sucesso tinha que se passar por uma garotinha tarada. De repente sentiu o pau duro. Misto de raiva e tesão. O bicho apontava pra cima, parecia querer beijar o umbigo. E aquele rabo ali, afrontosamente perfeito. Deitou por cima e encaixou bem no cu. Falou em voz alta:
- De bêbado não tem dono.
E enfiou inteiro. Uma, duas, várias vezes. Sentiu que ia gozar, tirou o pau, deu um banho nas costas da mulher. Caiu para o lado, resfolegando. Dormiu quase instantâneamente.
Acordou no dia seguinte, deitado de costas. Rita ainda dormia, bunda pra cima, mesma posição. Parecia que sonhava. Carlos afagou-lhe os cabelos e levantou. Foi para o banheiro, mijou, e foi para o computador. Pela janela viu passar na rua algumas garotas de uniforme escolar, e vários pensamentos sacanas cruzaram sua mente.
Sorriu. Alguma coisa lhe dizia que ia ser um dia bom.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cirugia - parte 2

Então...


Guardei a guia do médico no bolso, fui até a porta do hospital, respirei fundo.

- Que merda!

Era pra ter ficado só em pensamento. Não sei por que cargas d'agua saiu em alto e bom som. A velhinha que passava ficou me olhando. Foda-se... ela que vai entrar na faca? Quem tá lascado sou eu, né? Então merda! Merda, merda e merda!

Fiquei uns instantes na entradinha do prédio, tomando um solzinho. Várias vezes, quando eu ia no médico com uma faringite, laringite, qualquer "ite", e o senhor de jaleco me dizia que ia me dar uma injeção (os caras adoram benzetasil, né? Eita coisa doída...) pra cura ser mais rápida, eu dizia que ia, sim, tomar, mas saía do consultório e me perdia no caminho da sala da enfermeira... vitamina C, cama, repouso, e mesmo que demorasse mais um pouco, acabava ficando bem...

Alguma coisa me dizia que daquela vez não seria bem assim...

"Beleza - pensei - vou no cirurgião... se o cara quiser me internar e operar, tenho que pelo menos voltar pra casa, pegar roupa,avisar alguém, e, mesmo, vai que o primeiro médico tá enganado... nem 3 minutos de consulta, como ele pode ir falando em cirurgia? Vamos ver no que dá..."

E lá fui eu pro andar da gastro... entreguei a guia na recepção, esperei quase meia hora (que eu passei lutando contra meu impulso de sair correndo), e finalmente me chamam pra sala de consulta.

Uma coisa eu achei legal, de cara. O médico era meu xará. A conversa ia rolar de Fábio pra Fábio, ou seja, bom humor garantido. Expliquei a situação e ele me mandou ficar em pé e abaixar a calça e a cueca (eu quase perguntei se ele não ia me pagar um jantar primeiro, mas ia ser bom humor demais pra situação, né? Deixei quieto...). Colocou as luvinhas de látex e começou o "exame clínico para detecção de hérnia inguinal"...

he he... gente, vocês sabiam que o corpo do homem tem duas cavidades ao lado da bolsa escrotal que se extendem pro abdómem? Nem eu... fiquei sabendo quando o dedo do médico se enfiou do lado do meu saco e empurrou a pele até o fundo, putaqueparóviski que dor! E ele ainda me mandou fazer força... quase eu respondi que já tava fazendo, força pra não dar um berro!

Ok, ele confirmou o diagnóstico do outro. Hérnia inguinal. Cura? Só com cirurgia. Faz um corte, mete uma tela, fecha. Depois da recuperação, volta pra rotina normal. Esportes, lutas... e o preço era um pouco de dor e uma pequena cicatriz...

- Cicatriz? Pô, doutor, cicatriz na virilha? Muito visível?
- Você é ator pornô, Fábio? Porque, se não, não vai ter nenhum problema...
- É, doutor, ator, ator, não... mas até que eu sou um amador bem esforçado...

Ele deu risada. Infelizmente, não tinha outra saída. Concordei, e ele me passou os exames que eu teria que fazer pra poder passar pela cirurgia... mal sabia eu que meu convênio tinha outras idéias...


CONTINUA...



PS: Só pra esclarecer, acabou que eu tô sem cicatriz, porque na época do primeiro exame com o meu médico a técnica era corte na região inguinal... atualmente se faz por video-laparoscopia. Graças a Zeus!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Cirurgia - parte um

Meu...

O último post foi em 6 de agosto... ok, um dia antes da cirurgia...
Agora posso confessar, tava cagando de medo!

Operei de hérnia inguinal, ou seja, uma bolota (pequenininha, ainda, segundo o médico ia ficar maior) do lado do púbis, sabe, perto ali da base do... ok, vcs sabem onde...
Tinha duas, uma de cada lado. Nem dava pra ter três, visto que são só dois os canais inguinais.

Eu estava com as hérnias (até hoje não sei se é com ou sem agá ) diagnosticadas há quase três anos, e já tinha tentado ir pra faca duas vezes... sim, porque não tem remédiozinho, não. Eu, por mim, queria um curandeiro que me fizesse deitar em um círculo de pedras, fumar umas ervas, rezar e - TCHAMM! - sumiu a hérnia!

Não rolou.

Engraçado é que eu pensei, quando achei a dita (falo no singular, porque a princípio era só do lado direito, depois que a gente "descobriu" a outra... claro, desgraça pouca é bobagem!), que era um nervinho inflamado. Lembro que mostrei pra uma namo da época e a mina nem sentia o carocinho (não, antes que alguém faça a brincadeira, não é do meu pênis que eu tô falando, obrigado), comentou que devia ser coisa da minha cabeça. Sei...
Acontece que eu tô brincando de artista marcial tem quase 20 anos, eu conheço meu corpo. Tinha alguma coisa. Nem que fosse nervinho inflamado.

Fui no médico no dia seguinte à descoberta. Meu, bolota perto do pinto, nem a pau que eu ia esperar, né? Vai saber...

Mesmo sendo médico conveniado, o exame durou nem 3 minutos... o cara olhou, pediu pra eu contrair o abdomem e prender a respiração, fazendo força (ainda bem que eu não peidei... pela cara ele já não tava gostando muito de um homem de calça arriada no consultório, imagina se sai um pum...)e disse que não podia fazer nada... era caso pra especialista. Mas que não me preocupasse, era só uma hérnia...

Eu, bom retardado que sou, pensei "poxa, ainda bem..." enquanto o médico rabiscava no prontuário, me encaminhando pro colega. Peguei o papel e fui lá pro andar que ele me indicou.

Só gelei quando li, no elevador, o que tava no papel: "encaminho ao cirurgião gastro-intestinal. Procedimento cirúrgico: Hérnia inguinal direita".
Caralho! O especialista era o cirurgião? Fala sério, o médico não tinha dito pra eu não me preocupar?
Meu filho, falou de bisturi aqui na minha pele, eu não me preocupo. Eu saio correndo MESMO!!!

E, lógico, o elevador abriu as portas e eu nem me mexi... os outros passageiros olharam pra mim, eu dei um sorrisinho e balbuciei um "esqueci um papel.. nhanmdzumm" e foda-se. Daquele elevador, naquele andar, eu só saía carregado.

E com luta!

CONTINUA...

PS: hérnia é com H.
Santa Wikipédia, Batman!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Esses bastardos...

He he...

Tem cara que é simplesmente transgressor. Tem uns que são gênios. Tem um pessoal que acerta um e erra cinco... tem o que devia nem ter saído da cama...

E tem o Quentin Tarantino, que é tudo isso aí e mais um pouco...

Filme novo, quase nos cinemas, mais 15 dias. INGLORIOUS BASTERDS!
Pelo trailler, vai ser outro block-buster underground do malucão!

Vou na estréia!

PS: Infelizmente, a incorporação do Trailler nos blogs está desativada no Youtube, por solicitação dos estúdios de cinema do filme, mas dá pra assistir em Alta Qualidade no site:
TRAILLER GLORIOUS BASTERDS .

Eu tentei fazer uns caps de algumas cenas, mas tá protegido. Assim que rolar, eu publico!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Drops - Beat it

MJ is ALIVE!!

Ok, não tá vivão, mas tá zumbizando aqui bem pertinho, no Araçá...



"You know it's thriller night..."

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Drops - Saionará

He he

Manhã no aeroporto intenacional.
Um grupo de japoneses desembarcando. (SEMPRE tem um grupo de japas desembarcando...)

No fim do corredor, um rapazinho muito bem intencionado recebendo os passageiros.
- Bom dia! Rio de Janeiro? Por ali, por favor! São Paulo? Desce as escadas! Bom dia!

De longe já aceno, camarada meu! Até desvio do caminho, pra dois dedos de prosa, tenho um tempo livre. Ele faz sinal pra esperar um pouquinho, e continua, todo sorriso.
- Bom dia! Rio de Janeiro? Por ali, por favor! São Paulo? Desce as escadas! Bom dia!

A primeira japa da fila chega até ele, toda sorridente. Velhinha japa, junto com velhinhos japas, excursão pra Cidade Maravilhosa, provavelmente depois uma passada por aquela floresta dos USA, Amazônia. Fotos, fotos, fotos...

- Bom dia! Rio de Janeiro? Por ali, por fa...
- Bin'dia?
- Bom dia! Tá aprendendo, heim? Rio de Janeiro?
- Bin'dia?
- Então, bom dia! Ohaiô, dona! Good morning! he he ! Rio de Janeiro?
- BIN'DIA?
- BOM DIA, SENHORA! BOM DIA! RIO? COPACABANA? IPANEMA? DU IÚ ANDERSTENDÍ?
- Rio! Hi! Rio!
- Isso senhora! Arigatô! Rio de Janeiro? Ali, pelo corredor...
- BIN'DIA? Rio?

Nessa altura eu já tava quase rolando de rir, meu colega parecia que queria bater a cabeça (a dela, bem entendido...) na parede! Resolvi intervir, antes da cena de japacídio: sem muita cerimônia, catei o cartão de embarque do bolso da senhorinha.

Aí, sim, quase me rasguei de rir...

- Véio, de que portão tá saindo teu vôo?
- Do de sempre, pô! Porta vin... úi. Captei!

A velhinha não era doidinha. Mas não falava uma palavra de português. Os comissários provavelmente ensinaram a única coisa que ela precisava saber, naquele momento: o portão de embarque da conexão...

VINTE A!

Ou bin-dhi-A ... se você vem de um país que não tem fonemas correspondentes na sua língua...

É o que eu sempre falo...
Ser doido não é pré requisito pra trampar aqui, mas que ajuda, ajuda...

"Blasileilo tudo igual, né?..."

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Antídoto!

Porque é noite.
Porque chove, lá fora.
Porque eu preciso de algum lirismo.


Porque é Beatles!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Em Rio que tem piranha...

Pois é...

Algum tempo atrás (ok, um BOM tempo, é verdade...)o Jô Soares mostrou no programa dele uma foto da Folha de São Paulo.

Um jacaré no Rio Tietê, aqui na capital, perto da rodoviária.
Estava lá nadando despreocupado o bichão quando uma embalagem de margarina veio boiando e - POF - bateu e ficou no focinho da besta. E o fotógrafo bateu a foto bem na hora que a margarina encostou no Teimoso (depois do resgate, os bombeiros deram esse nome).

Eu imagino o que passou pela cabeça do coitado:
"Vamos ver...
Hummm... um rio, confere.
Eu, jacaré, no rio, confere.
QUE PORRA É ESSA ENCOSTADA NO MEU NARIZ?!?!"



Algumas vezes, não raro, eu me sinto como aquele jacaré surpreso com o potinho de margarina...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Brecinho camarada, brimo!

Gente!

Basta meu saldo no pré-pago baixar de 5 paus e a TIM começa a me inundar de SMS anunciando as promoções! Tem umas boas, tem umas bixadas, mas eu sempre penso a mesma coisa: Meu, se eu tô há 15 dias com dois reais de saldo, que adianta os caras me mandarem umas propostas de contratar plano pra mandar 1000 torpedos em sete dias por 9 reais? Se eu tivesse os nove, juntava mais seis e colocava crédito, cacete! E quem manda 1000 torpedos em sete dias? Nem a marinha americana!

Ou aquela outra, fantástica, de poder usar o celular em casa como se fosse fixo, pagando caro pra caraio... a vantagem é que você vai poder falar pela casa inteira, se mover livremente... JÁ INVENTARAM O TELEFONE SEM FIO, AMIGO!

Propaganda no email também é tudo de bom! Tem aquelas, via SPAM, com aquele textinho "Esta é uma mensagem automática, não responda!". QUEM RESPONDE UMA MERDA DAQUELAS? Só se for o mesmo pessoal que compra aquele SlimFit que anuncia na TV, sabe qual? Aquela cinta emagrecedora, que prende as banhas com garantia de que, até as preliminares, seu parceiro vai achar que se deu bem e vai comer a Juliana Paes. Quando vê que é a Claudia Gimenez já é tarde...
Vontade de responder aqueles anúncios de Viagra genérico a 10 paus a caixa "pô, valeu, não sei como vocês descobriram que eu sou broxa, mas manda umas dez embalagens aí! Aliás, vou mandar esse email pra todos os meus amigos!PS: o teste, eu faço com a sua mãe, tá?"

Eu curtia quando morava aqui no centrão de Sampa, na Epitácio Pessoa, rua véia, prédio antigaço, sem fiação pra NET, Ajato, porra nenhuma! Toda semana eu recebia email do Virtua com auelas promoções legais, banda larga, downloads rapidíssimos... e eu ali, entre a merda do modem 56kbps ou Speedy, os olhos da cara! Juro que quase processei os caras por tortura psicológica! É ou não um puta sadismo isso?

Eu citei o SlimFit, e lembrei: qual é a desses canais de TV que passam aqueles programas de compras na madrugada? Será que fizeram uma pesquisa e descobriram que os compradores compulsivos trocam o dia pela noite? Ok, longe de mim querer ver aquela ladainha durante o dia, mas é bem esquisito passar os canais numa noite de insônia e dar de cara só com uns anuncios de emagrcedores instantâneos, escadas com 20 utilidades, jóias "quase" legítimas... você se sente num mix de mercado árabe com 25 de março...

Fico por aqui... é que acaba de passar na TV uma oferta ótima, uma câmera que é também celular, video game, toca música, tem GPS e serve de alarme anti-roubo pro carro. Os primeiros 50 que ligarem tem desconto de 80 por cento!

Não é pra sair correndo pro telefone?
Vai lá também!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Drops - Gateenha



"But I'll never really know her
She told me
all I really need to know is that
She'll always get her way"

Smash Mouth - Higienópolis, Sampa
Uma tarde qualquer

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Drops - Murphy

Peguei o penúltimo lugar do busão.
Pior banco: pequeno, apertado, bem no degrau, ninguém se aventurou sentar...

Só ficou um lugar vago, bem do meu lado.
Não por muito tempo.
Do meu lado... com a minha sorte costumaz...
Precisa falar mais alguma coisa?

LEI DE MURPHY
CLARO que tinha que ser uma gorda do meu lado,
EVIDENTE que ela não senta, desaba,
ÓBVIO que ela não dorme, morre!


De tão apertado, tô com a bunda dormente até agora...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Drops - Cavalo louco



Crazy Horse. Paris. Muié pelada! Música! Uh-lá-lá!
hehehe...
precisa falar mais alguma coisa?
Quando se pensa em cabaré e paris, vem logo o Moulin Rouge, mas o Crazy Horse é tão legal quanto. E tem uns shows temáticos da hora!

Muié pelada! Música!
UH-LÁ-LÁ!

Checa que louco esse número: Single Stocking Dance...

Drops - Atchim! Saúde! (saúde?)



Não tem Photoshop na foto, não. Tirei com meu celular, na saída do Aeroporto... em Guarulhos, só a estátua usa máscara... acho tãããããão legal a preocupação das cias. aéreas com a H1N1... deixa morrer o primeiro funcionário, né? Pra que prevenir?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Willkommen, bienvenue, welcome!

Fala,

Qual a vantagem de ficar sentado sozinho, em seu quarto? Venha ouvir uma música!
Quando a gente saiu do cinema, as estrelas estavam brilhando. Agora o leiteiro já está chegando, é tarde pra dizer boa noite, e eu adoro jazz! Afinal, você é a mina que eu quero! Você é tudo que eu preciso, de verdade!
Mas, me fala mais, fala mais: você conseguiu chegar até onde? Ele tinha um carro?

Não entendeu nada? Nem de longe?
O nome Bob Fosse diz alguma coisa? Se eu digo Gene, você responde Kelly ou DNA?
Tá explicado...

Ok, last chance. Vou separar as frases, e no original, em inglês. Eu concordo que traduzir foi sacanagem...

What good is sitting alone in your room? Come, hear the music play...

When we left the movie show the stars were shining bright, now the milkman is on his way, it's late to say good night...

I love that jazz!

You're the one that I want, ho ho ho, yeah... you're what I need, oh yes indeed...

Tell me more, tell me more, did you get very far! Tell me more, tell me more, like does he have a car?

São trechos de músicas, na verdade, de musicais famosos.
Estes últimos dias, me bateu uma vontade de rever os musicais que me acompanham desde sempre. Sou aficcionado por musicais da broadway e de Hollywood! Os antigos, não esses tipo High School Musical, Hanna Montana e afins. Nada contra, mesmo porque eu nem me dei ao trabalho de assistir essa safra nova. Eu digo musicais tipo Cabaret, All That Jazz, Cantando na Chuva, etc.

Esses!

São clássicos, mesmo que um monte de gente torça o nariz. Aliás, eu até entendia antigamente um pessoal que reclamava que não entendia a "cantoria", por isso achava chato e desistia de ver. Mas, agora, o DVD tem legenda de todas as músicas, e não tem desculpa. É o seguinte: se você gostar de música e dança, vai gostar dos filmes.


Posso dar uma sugestão? Cabaret, com a Liza Minelli. Coreografias do Bob Fosse (aquele, que eu citei ainda agora...) em sequencias memoráveis. Só a de abertura,Willkommen, já vale o filme. Willkommen, Cabaret, The money song, Maybe this time. Músicas e momentos memoráveis da história do cinema. E a Liza tá super-gatinha, o filme é de 1972.


Ok, 1972 tá muito longe? Chicago, então. A ação se passa na época dos Gângsters, nos EUA, mas o filme é bem recente. Com coreografias do Rob Marshall, e um elenco de estrelas: Catherine Zeta Jones, Renée Zellweger, Richard Gere e Queen Latifah. O número de abertura é animal, dá vontade de se mandar pra um cabaret de jazz da década de 30!


E se nenhum desses dois animar, uma última tentativa. A loucura visual-auditiva de Moulin Rouge, um amor em vermelho; história de amor ambientada na Paris dos anos 20, a belle epoque, com colagem de músicas contemporâneas. A cena do Elefante é fantástica. E o gordão cantando Like a Virgin, da Madonna? Não tem como não gostar...


Claro que sempre vai ter gente que vai preferir o Zac Efron e a Vanessa Hudgens ao Gene Kelly e Debbie Reynolds. Mas gosto não se discute.

Se lamenta...

"Willkommen, bienvenue, welcome!
Fremde, etranger, stranger.
Gluklich zu sehen, je suis enchante,
Happy to see you, bleibe, reste, stay.

Willkommen, bienvenue, welcome
Im Cabaret, au Cabaret, to Cabaret"

PS: Falando em musicais, acho que todo mundo conhece Grease, com o John Travolta. Mas e Grease2, o ano seguinte? E dá pra reconhecer a atriz principal no cartaz aqui embaixo? Michele Pfeifer... é, garota... esse ela preferiu esquecer. Eu vi, é ruinzinho MESMO!!

sábado, 11 de julho de 2009

O velho truque do controle remoto sem pilhas...

Ele errou por um tantinho assim...


Tanto o título do post, como a frase de abertura, se referem a um dos seriados de televisão mais populares na minha meninice (olha eu de novo entregando...): Agente 86, ou Get Smart, no original. Pra constar, na minha época, o seriado já era reprise. O início da série foi na década de 60, mas a sátira dos filmes de espionagem fez um sucesso tamanho que, a exemplo de Star Trek, foram anos e anos de cadeira cativa nas TVs do mundo todo, initerruptamente, indo deste para aquele canal, e conquistando seguidores de todas as idades.
Recentemente, saiu um filme baseado no impagável personagem de Mel Brooks, mas não convenceu. O ator principal, Steve Carell, até segurou a peteca, mas os fans serão sempre fiéis a Don Adams, o Maxwell Smart original, com seu sapatofone e as gambiarras tecnológicas que sempre falhavam e deixavam o pobre na mão, bem na mira do vilão da Kaos... O jeito, então, era apelar para o blefe, quase sempre tosco demais pra ser levado a sério...
- Você acreditaria se eu lhe dissesse que neste exato momento dois pelotões inteiros de mariners estão cercando este apartamento, esperando pelo meu comando?
- Senhor Smart, acho um pouco difícil...
- E que tal um grupo de guardas de trânsito fortemente armados? Hum?
- Eu temo que não, senhor Smart...
- E alguns escoteiros com um cão pastor...

Mas o Post nem é sobre Maxwell Smart, Agente 99, reprises. Só comentei en passant, introdução ao assunto MESMO do texto, uma série de TV que está me chamando muito a atenção...


Quem já leu alguns posts do aqui do C.E.Q.E.M., sabe que eu sou tarado por livros e filmes de vampiro. Agora, algo que nem todos sabem, é que também sou meio que viciado em séries de televisão. E essa, da HBO, combina tantos elementos legais, que eu tinha que dedicar um tempinho pra comentar sobre.

True Blood, além do nome do seriado, agora entrando na segunda temporada, é também o nome de uma bebida desenvolvida pelos japoneses (na série, sure...) com características nutritivas semelhantes ao sangue humano. Com isso, os vampiros podem mudar sua dieta de humanos para algo mais "socialmente aceitável", e muitos decidem sair da escuridão e tentar viver entre os humanos. O enredo parte daí, e segue mostrando a chegada destes "seres da noite" em uma cidade do interior da Louisiana, onde mora a protagonista , Sookie Stackhouse.

(O Drink, True Blood, tem toda uma propaganda muito bem sacada! Se eu fosse vampiro, tomava...)

Sookie se envolve com um dos novos moradores, um vampiraço-aço-aço, Bill Comton, que a seduz e também se deixa seduzir, atraindo para si a raiva da cidade e de outros vampiros. Temas como homosexualidade, intolerância, racismo, drogas, etc... são tratados de forma bem convincente, e os personagens são bem construídos, não ficam pontas soltas. O que é melhor, ninguém brilha como diamante, quando sob o sol...
A série é baseada em uma série de livros de uma escritora estadunidense, Charlaine Harris, The Southern Vampire Mysteries ou Sookie Stackhouse Series. Nove livros no total. Ou até agora...

Sookie é interpretada pela gatinha Ana Paquin, a Rogue, dos X-Men... só isso já é motivo pra assistir.E tem cada cena quente! Os Vampis da série tocam um puteiro, e não descartam uma boa mordida... na virilha! Fora a sacanagem, que come solta, a série é vencedora de dois Satellite Awards - melhor atriz e melhor ator coadjuvante - e um Globo de ouro, de melhor atriz em série dramática. Ainda, no "10º Prêmio Anatômico Anual do Mr Skin", que celebra o sexo e a nudez em filmes e na televisão, True Blood ganhou como melhor show de TV. Ou seja, HOT-HOT-HOT!



PS: Quem quiser fazer download da primeira temporada, pode procurar no Brazil-séries que tem!

sábado, 4 de julho de 2009

Descola um pé de coelho, véio!

- Tô saindo! Quer alguma coisa da padoca?

Sentado em seu trono particular, Marquinhos nem ouviu a pergunta de seu colega de quarto. Paulo teve que chegar na porta e repetir, com aquela paciência que só os caras de república estudantil carregam:
- Ô, animal, quer parar de bater punheta e se dignar a responder?
Justiça seja feita, Marcos não estava descabelando o palhaço (pelo menos, não NAQUELE momento. O que subtraía sua atenção era o joguinho do celular recém adquirido...).
- Não, véio, quero nada não!
- Ouviu e não respondeu, né, filhadapu... eu devia bater a porta, estafermo! Bom, tô saindo!
- Vai com Deus, viado!
A ameaça de Paulo, para que se entenda, é fundamentada em um princípio básico de república masculina: "a zona é nossa, e nóis gosta"! Explico. O trinco do banheiro dos caras estava quebrado há tempos, uns dois meses, mas ficaram naquele não-fui-eu-não-vou-consertar, um culpando o outro, o tempo foi passando, e se acostumaram a deixar a porta meio encostada, meio aberta. As namoradas reclamavam, os rapazes (moravam em três, o Alexandre ainda não apareceu em nossa história...)prometiam consertar, e ficava o trico quebrado...
E, claro, o trinco estava quebrado do lado de dentro, ou seja, a porta só abria por fora...

Pois assim era, e a vida seguia muito bem, como tem que ser na época da faculdade.

Estava lá, pois, o Marquinhos e seu celular, muito feliz, sentado no trono, depois do seu cocô, entretido com seu joguinho preferido. Uma meia hora depois, já com as pernas dormentes, sentiu a necessidade de sair daquele ambiente um tanto inóspito, e já se preparava para sair, quando - PLOFT - cai o celular novinho dentro da privada, ainda cheia dos restos do almoço do dia anterior! Desespero! O cara nem pensou, se inclinou como o Flash, para resgatar o celular.
Banheiro pequeno, leitores! E mau projetado.
Como se coreografado, temos aqui um balé trágico, em três movimentos, três ações, não simultâneas, mas sincronizadas. E, cada uma, com sua própria onomatopéia: PLOFT, ZÁS, TCHIK!
Vamos dividir a cena para maior compreensão:
PLOFT - lá se vai o celular pra merda!
ZÁS - Marquinhos se inclina pra frente e resgata o aparelho!
TCHIK - a bunda do nosso herói empurra a porta, e esse último som, caríssimos, é a tranquinha travando a maçaneta e prendendo o pobre estudante em seu banheiro de 2m quadrados...

Marcos não se apertou. Claro, estava puto, mais pelo mergulho do celular que pela porta. Afinal, seu amigo logo estaria de volta e lhe tiraria daquela situação... mas o celular era novinho. Que vacilo! Enxugou como pode com uma toalha de banho, mas queria sair logo dali e secar o aparelho com o secador de cabelos. Tomara que o Paulo voltasse logo.

Claro que desgraça pouca é bobagem, e o Paulo, a essa altura, já está sentado na mesa da padoca com outros três amigos, virando breja atrás de breja. Marcos não poderia chamá-lo de traíra, que ele até tentou chamar o amigo quando viu a galera chegando na padoca... mas o celular do Marquinhos só dava caixa postal...

Conforme o tempo foi passando, nosso prisioneiro começou a se preocupar. "Cadê o merda do Paulo, cacete?". Já contava, então, com duas horas de cativeiro. Deduziu que o colega devia ter encontrado alguém, talvez a namorada, e decidira não voltar pra casa. Ou seja, Marcos estava fodido!
Lembrou do Alê, que chegava quase sempre pelas sete do trampo. Beleza! Mais meia hora, só! O que é meia hora, quando já se está dentro do banheiro há três? Claro que, com o cair da tarde, estava começando a esfriar, e ele estava só de cueca. Mas o frio é psicológico, não é mesmo? Pensando assim, conseguiu relaxar um pouco, e se preparou para mais meia hora de espera, um pouco mais calmo.

Talvez, se soubesse que o Alê, por uma ironia do destino, já que sempre ia direto do trampo pra casa, naquele dia resolveu comprar pão e encontrou o Paulinho bebendo, e resolveu se sentar também com o grupo pra tomar umas brejas, se soubesse disso, Marcos não teria relaxado tanto. Mas relaxou, e, como estava muito tenso, foi relaxar na privada e seu corpo desmontar de cansaço. Pegou no sono. Acordou quase oito da noite, tremendo de frio, de cueca e meia. E celular quebrado.
Aí, sim, desesperou! Gritou, chutou, chorou, se descabelou... riu pra caralho da situação, aquele riso nervoso, que a vítima dá quando percebe que o lobisomem tá chegando e acabaram as balas de prata. Fodido! Como estava fodido!
No desespero, reparou a entrada de ventilação do banheiro, um buraquinho retangular, perto do teto. Será que dá? Estreito... foda-se, ia tentar!
Escalou a parede, sempre tremendo de frio, um pé na privada, outro na pia, segura no registro, opa! quase caio... agora força... merda de buraco estreito... mas dá... feito minhoca, mas dá...
E foi se esgueirando, se ralando todo, passando pela parede. Do outro lado, feito mergulhador, aparou a queda na máquina de lavar roupa, e caiu exausto no chão. O peito, por ter se arrastado contra a rugosidade da parede, vermelho, cheio de vergões. Os mamilos, parecia que tinham colocado dois pregadores de roupa, inchados, doloridos. Mas livre!

Mal tombou no assoalho da área de serviço, abrem a porta Paulo e Alexandre. Totalmente embriagados. Sorte que ao sair da padoca, encontraram a filha gostosa da vizinha, que os levara para casa. Bem, sorte de quem?
Alê não se aguentava de rir, apontando para o amigo, seminu, que corria para o quarto: "Olha a bunda do cara! Puta cueca véia! Tá com freada de caminhão! Coisa mais feia!"
Paulo, tão bêbado que estava, nem entendia o que se passava. E a menina... bom, essa nunca mais teve coragem de comprimentar o Marquinhos olhando na cara...

Claro que a história não termina ai. Dia seguinte, Marcos se encontrou à tarde sozinho no apê com sua mina. Conversa vai, conversa vem, não contou o ocorrido na véspera. É preciso resguardar a namorada de certos vexames. Quando estavam no preparatório para o ato libidinoso, vulgo, iam transar, e o jovem tira a roupa, a garota grita de raiva, exigindo saber que merda de arranhões de unha eram aqueles no peito do pobre.
Rindo amarelo, Marquinhos diz que já, já conta tudo, mas precisa tirar uma água do joelho antes, e deixa a garota na sala. Dentro do bannheiro, enquanto se alivia, o pobre escolhe qual a versão menos vexatória dos eventos da tarde anterior, pra manter alguma moral com a garota.

É justamente aí que ela, se aproximando da porta do banheiro, coloca a cabeça pra dentro e começa a gritar (falei que ela é ciumenta pra caraio?) sobre sexo com vadias, traição, e grita que vai embora, que ela não é palhaça, e passar bem, seu filho da puta!

E sai fula da vida!

Batendo a porta...

TCHIK!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Donald, o Pateta tá comendo a Margarida!

Meu,

Outro dia, tava eu em uma banca de revistas aqui do centro, e minha atenção se voltou pra uma HQ (Bigu e cia., HQ é gibi, tá?) da Luluzinha teen. Custei pra acreditar. Já tinha visto a Turma da Mônica Jovem. Agora, essa...

Luluzinha teen.

A moda agora parecer ser envelhecer os personagens das histórias, sabe-se lá por que motivo.

Ok, a gente até sabe o motivo, afinal, o que dá grana atualmente é o Mangá, é o que vende, toda a galerinha adolescente curte. Formatão japa na veia.
A versão oficial, claro, é outra... O leitor habitual da(s) turminha(s) está mais velho, e os personagens estão acompanhando a faixa etária do público.

Se for assim, podem lançar a Turma da Mônica - Idade do Lobo! Ou até Revista do Cebolinha - planos infalíveis na terceira idade!
Afinal, a turma foi criada na década de 60, pela lógica, os primeiros leitores já são sessentões...

E, claro, em qualquer entrevista, sempre será dito que o enredo está mais dinâmico, mais atual, mas as características da turminha permanecem inalteradas.
Ahhh...
Como assim?

-O Cebolinha fez fono e não troca mais os "rr" pelos "ll". E ganhou mais cabelo. Ainda espetado (embora eu desconfie que agora é com Gel...).

-A Mônica não é mais baixinha, nem gorducha. Pelo contrário, tá bem gostosinha...

-A Magali continua comendo pra caraio, mas agora tem uma alimentação mais "saudável"... (ok... come como louco, mesmo se for Diet, e me diz se vc fica magrinho... pra mim, ela enfia o dedo na garganta e chama o ugo... hehehe).

-O Cascão TOMA BANHO. Tipo, uma vez por semana... mas toma!

E a Turma do Bolinha (eu sou machista... pra mim é do Bola, não da Lulu...)...

A Luluzinha cresceu, tá gostosinha, e quem assina seu figurino é a Gloria Kalil. O Bolinha tá magrinho, antenado, jogou fora o violino e toca GUITARRA!!

É... tá bem fiel ao original, né?

Eu até achei interessante isso de os personagens amadurecerem, acompanharem o mundo ao redor, etc... Tive até algumas idéias pra uns HQs, se alguém conhecer algum desenhista e quiser indicar...

Tipo:

- Os três sobrinhos do Donald depois do MBA - Huguinho, Zézinho e Luizinho, depois de convencer o Juiz que o Tio Patinhas é um velho senil, com obcessão por uma moeda velha, assumem o Conglomerado Patinhas, e triplicam a fortuna do ancião, recorrendo a práticas predatórias de marketing e negócios escusos. Sem a presença do seu tio Donald, que morreu de cirrose, tornam-se frios e calculistas.

- O Debut dos Ratinhos Viscaya - De tanto assistir seu tio Mickey andar com shortinho vermelho e luvinha de boiola, Chiquinho e Francisquinho resolvem sair do armário e montam seu show de transformistas. Um luxo!

- Olivia Palito, depois de anos de indecisão, resolve se abrir com o Popeye, e declara-se adepta do Ménage a Trois. Brutus acha esquisito, mas topa! Popeye a-do-ra a novidade, afinal, com roupitcha de marinheiro, o sonho do bofe só podia ser pertencer ao Village People... a loka! (esse é HENTAI, pro pessoal mais sacana...)

E por ai, vai...

domingo, 28 de junho de 2009

Vida dupla

Acordara resoluto.

Antes mesmo de abrir os olhos, no momento em que teve consciência de estar desperto,se sentira compelido a contar tudo à esposa. O segredo sufocava-o há anos. Não aguentava mais.

Encontrou-a na cozinha, preparando o café da manhã.

- Marta, senta aqui. tenho que te contar algo...

A esposa sentou-se, ressabiada. Havia tempos não via o marido tão taciturno. Imaginou histórias de amantes, desfalques, crimes esquecidos e que voltavam à tona. Mas superariam tudo, juntos. Sempre fora a rocha do casamento, doze anos, não iria desabar agora.
Mas nada a preparara para a confidência de seu companheiro.

- Vera, eu tenho que te falar a verdade. Eu sou... o Jegão!

Disse, e ficou em silêncio, observando o efeito que a revelação causara em sua esposa. Dona Marta, mãe de duas belas jovens universitárias, esposa fiel, não sabia o que falar. Enfim, depois de um tempo que pareceram horas, perguntou hesitante:
- Firmino, você quer dizer... "O" Jegão?
- É, Marta. "O" Jegão, o cara das histórias que você ouve desde sempre, entre meus amigos. Jegão. Sou eu!

Entre os amigos, companheiros desde os tempos de colegial, as anedotas do Jegão eram repetidas à exaustão. Era sempre citado, o companheiro desajeitado, simplório, que entrava nas maiores encrencas, e era motivo de riso da galera. As esposas, de tanto ouvir os mesmos casos, sabiam de cor as desventuras do pobre. Mas, até então, eram histórias de um personagem sem rosto.

Certa vez, no início dos anos 80, durante uma aula de matemática com um professor um tanto maluco, estava o Firmino atento à marcha de uma formiga que subia na parede, quando o professor, vendo-o de boca aberta, comentou com a classe como parecia meio, assim, bobão, não, não era bem isso... era um... Jegão!

Adolescentes são maus, e quanto mais se recusa o apelido, mais o sadismo se desenvolve. No metrô, era normal a cena dos companheiros gritarem de longe "Jegão", e, ao invés de não responder e deixar o povo do metrô imaginar quem seria o eqüino, este respondia, todo envergonhado "Pô, gente, pára de ficar me chamando de Jegão!"... e lá se ia o vagão cheio de gente olhando pro Firmino e balançando a cabeça imaginando que parecia um jegão mesmo...
Para piorar, desenvolvera um TOC, não bastava-lhe ver um objeto, tinha que tamborilar os dedos neste para sossegar uma compulsão vinda não sabe-se de onde. Os amigos exultavam. Visitas a museus eram um terror...
- Jegão, olha que legal esse quadro... pena que não pode tocar, né?
- E esse vaso, Jegão... olha só esse vaso raro!
O Jegue quase morria! Quantas broncas dos seguranças! Só por conta de um batuquezinho nas estátuas? Injusto...

Crente, criado dentro da igreja, quase enfartou na viagem de formatura, com uma Fanta "batizada":
- Gente, passa essa latinha de Fanta pra mim também!
- Jegão, você não vai gostar, não tá boa...
- Dá aí, pô... humm... é, tá diferente... péra ai... tá boa, sim!
- Jegão, você tomou tudo? JEGÃO, VOCÊ TOMOU TUDO! TAVA COM VODCA! VOCÊ VIROU GUT-GUT, TUDO?
- Ai meu Deus! Tinha álcool? Ai meu Deus!
- Agora vai pro inferno, Jegããããããão!
- NÃÃÃÃÃÃOOOO!

No cursinho, sonhava ter se livrado do apelido. Ledo engano. Foi na primeira semana de aula. Passava pela porta de uma classe despreocupado, lá dentro dois amigos do colégio, o Rosa e o Caverna. Sentados lá no fundão, ao verem-no passar no corredor, gritaram a plenos pulmões "JEGÃO"! A classe toda olhou para trás, no susto, achando serem os dois malucos. Não é que o pobre volta até a porta e pede em voz alta "Pô, gente. Pára com isso! Aqui ninguém sabe que eu sou Jegão"!
Foi o que bastou. Ficou Jegão no cursinho também.

E as histórias do Jegão se multiplicavam. Dizia-se que fora convocado pras forças armadas, na cavalaria. Servira como montaria, lógico.

Quando casou, fez um pedido aos amigos. Que continuassem a comentar as histórias do Jegão, mas escondessem das esposas a identidade do protagonista. Tanto insistiu, que a identidade secreta do Jegue ficou em segredo do mulherio. As esposas riam com as histórias, mas não relacionavem o nome à pessoa. E tudo corria muito bem.

Mas agora, decidira-se a abrir para o mundo seu alter-ego quadrúpede. Que todos o chamassem de Jegão, e daí, era um animal até que nobre, trabalhador. E sempre podiam achar que era alguma alusão ao seu órgão sexual, seria até um elogio!

A esposa relutou a princípio, as histórias do Jegão eram sempre contadas, na roda de amigos, quase sempre com um final bem embaraçoso. Mas o Firmino bateu o pé, e tornou-se Jegão assumido.

O que ninguém sabe é que ele ainda odeia o apelido. Mas o fato é que Dona Marta havia resolvido, depois de ler uma crônica do Verissimo, que precisavam de apelidos, para a saúde do casamento. Tratar-se por "amor" era muito impessoal. E já havia arrumado apelidos para os dois.
Essa resolução da esposa foi o empurrão para assumir o tratamento do colegial abertamente.

Afinal, Jegão, apesar dos pesares, até que passa.
"Fifi" não suportaria jamais!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Schhhhhhhhh, de novo...

Meu,


Farrah Fawcett empacotou. Bateu as botas. Vestiu o pijama de madeira. Passou dessa pra melhor. Se foi. Abotoou o paletó. Foi pra terra dos pés juntos. Foi comer grama pela raiz. Foi fazer A viagem. Desencarnou.

A Farrah morreu.

E que puta azar, morreu bem no dia da morte do Big-Bang Michael Jackson. Fala sério, tirando meia dúzia, quem vai falar da sua morte no dia que o Mr. Thriller sai do palco?

Eu falo, louraça! "Xá comigo!"

FARRAH FAWCET EMPACOTOU, CAMBADA!
CAPUT!
FINITO!
PÁ-PUM! FOI!

O que é uma merda.
A Farrah, pra quem não sabe, ou esqueceu, ou nunca viu As Panteras (o seriado original... esquece o filme...), ou até ontem morou em uma caverna e perdeu as últimas três décadas, era uma atriz que fez um puuuuta sucesso na década de 70, fez um bocado de filmes, e até ontem tava lutando contra um câncer, bravamente.

Lembro que o seriado passava na Globo, à noite. Claro que eu assistia, era um moleque de tudo, nem sabia se ela era gostosa ou não. Eu queria ver aquela loura de rosto angelical, e como as minas iam sair das encrencas que o Charlie arrumava pra elas! E o Sorriso da Farrah... minha primeira paixão platônica. Eu sonhava com ela, saindo do mar com aquele maiô americano (horroroso, né? hoje, eu sei... mas na época...), sacudindo o cabelo e vindo na minha direção com todos aqueles dentes, que bocão! Agora eu sabia pra que Zeus inventara o sorriso! Ela deitava comigo na areia... nessa parte, o sonho ficava bem vago, nunca percebi o que acontecia... bom, eu tinha nove anos, nem tinha idéia do que rolava, no quesito reprodução humana!

(Fosse hoje, eu sonharia ela já fora do mar e aquela boca... ok, deixa pra lá...)




Anos depois, já adolescente, caiu nas minhas mãos (hehehe) a Playboy especial com ela. Ahhh... coisa boa! Abri a revista com calma, antecipando as fotos da minha Deusa made in USA... Eu tinha comprado em um sebo, a revista era velha, de 1978, mas, pra mim, era um tesouro!Delícia de loura! Bonzeadassa, sorrindo com um misto de garota ingênua e mulher safada! Perna que não acaba mais!!




Farrah Fawcett era sinônimo de fetiche pra uma legião de homens. Só pra ter uma idéia, a Playboy de dezembro de 1995, com ela na capa, foi a segunda de maior venda no mundo, com 1 351 100 exemplares! É punheta pra caralho, desculpem o trocadilho! "Nunca tantos deveram tanto a tão poucos!" (No caso um, Hugh Hefner...)



Fica aqui essa pequena homenagem à louruda que tirava meu sono na meninice, minha eterna pantera!

Farrah Fawcet (02 feb 1947 - 25 jun 2009)

sábado, 20 de junho de 2009

Hats are HOT!!

Olha só...

Um ano, ano e meio atrás, passando em frente a uma lojinha no centro de Sampa, tive o impulso de entrar pra ver chapéus. Eu tinha acabado de assistir pela centésima vez Os Irmãos Cara de Pau, e pensava em quanto custaria um visual como o dos caras.

Um vendedor muito solícito se aproximou, meio desconfiado, acho, talvez se indagando se eu estava na loja certa, ou se queria usar o banheiro... (explico: eu tinha acabado de sair da Galeria do Rock, trajando todo pimpão meu coturno e meu jaco de couro surrado. Não devia estar muito combinando com loja de chapéu centenária do largo do Payssandu...). O senhor que me atendia, esse sim, parecia ter nascido junto com a loja, provavelmente no século passado, não, retrasado, que a loja, de acordo com o vendedor, era de antes da virada do século XX! Não sabia se acreditava, mas, enfim, deixa o vôzinho contente, né?

Ok. Depois de uma breve conversa sobre a história da loja, dos chapéus, do filho do véinho, passamos para o que interessava, experimentar os chapéus.
Engraçado.
Eu lembro a primeira vez que tomei vinho. Achei ruim pra cacete. Devia ter menos de 20, e a Breja era "A" minha bebida, assim como da cambada que andava comigo.
Claro que, voltando ainda mais no tempo, a primeira vez que tomei uma cerva achei uma merda! Como alguém podia trocar refri por um troço amargo daqueles?
Foi o que pensei quando coloquei o primeiro chapéu que o vendedor me passou. Achei esquisito, grande, parecia que a minha cabeça, que já não é pequena, estava com um cocuruto... não gostei...
O senhorzinho riu (lembrei do meu avô rindo, eu adolescente, ao me apresentar a loura gelada da Antártica. Essa lembrança, como se verá, foi muito importante...), e falou que tinha que se acostumar... e que não é qualquer chapéu que agente coloca e sai andando, cada um tem seu estilo, tem que descobrir o chapéu. Quase uma arte...
Não podia estar mais certo. Tanto que, quando coloquei o quarto ou quinto chapéu que ele me mostrou, pareceu encaixar perfeitamente, coisa mágica, o espelho mostrava exatamente como eu me sentia quando ouvia um Blues, um Rock clássico, quando sentava naquele boteco legal com os amigos e sentia que a vida era cool!



Coincidência das coincidências, o vendedor me informou que aquele chapéu era fabricado há quase cem anos em uma fábrica de Campinas... quase caio pra trás! Um dos anarquistas mais legais que eu conheci, senão o único, usava no início do século o mesmo chapéu, digo, da mesma marca! Adivinha quem?
Bem que eu achei que reconhecia a assinatura do ladinho da fita. O faceiro jovem Murilo Dias, vulgo "meu Vô", provavelmente deu em cima da melindrosa Maria das Dores, codinome "minha Vó", com um Cury na cabeça. E passou a vida fiel à marca campineira. Nem pensei duas vezes. Comprei o dito cujo! Quem não compraria?

Na mesma noite, coloquei o chapéu e fui pro boteco, festinha de boas vindas pra Deise, minha melhor amiga, que voltava da Europa. Teste de fogo! Que minha anta-amiga, se não gosta, fala na cara. O que é muito bom. Não a torna a pessoa mais popular do mundo, mas foda-se. "Nóis gostcha!". Ela olhou, olhou, e lógico, amiga minha, tinha que me escrotizar antes de elogiar. "Você roubou do seu avô?" "Roubei (he he he). Gostou?" "É, fica bom..."
Isso, em Deisês contemporâneo, significa "Sim, ficou legal, show, etc, etc..."



Já Leandro, lóóóógico, chegou chegando e lascou: "Quem te falou que chapéu tá na moda? Equivocaaaado..."
Eu, polidamente, entre fingir que não tinha ouvido e mandar o Lê à merda, optei pela segunda, e caímos todos nas brejas, que já tava esquentando... matamos a Deise, não, a saudade da Deise, colocamos a conversa em dia, e meu chapéu se integrou à imagem do Homem do Saco definitivamente...

Atualmente, não consigo pensar em dar minhas voltas pelos botecos sem um dos meus chapéus, que já somam sete, de cores e modelos diferentes. Minha gata me presenteou com uns, amigos com outros, e a coleção cresce. E, mesmo sabendo ser impossível, imagino que a qualquer hora, num barzinho boêmio desses, vou cruzar com o Seu Murilo, de chapéu, e dar aquele aceno simpático chamando pra mesa, pra ouvir os casos da vida anárquica e longa do meu querido avô... ele vai elogiar meu gosto, passar uma cantada na minha mina, só pra não perder o costume, e vamos rir quando, na hora de sair, a gente pegar os chapéus trocados...

Saudade, vô.

Pro senhor, eu sempre tiro o chapéu!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Lava o pescocinho... hehehe...

Meu,

Acabei de ler um livro que eu namorava na livraria há tempos: Os Sete, do André Vianco.
Sabe como é? Você olha a capa, folheia o livro, pensa "deve ser legal... será?", e põe de volta na prateleira.

Eu fiz isso uma pá de vezes com a obra do Vianco.

Sei lá, vampiros em Terra Brasilis? Que esquisito, né? Eu olhava, folheava, desconfiado, e lá voltava ele pra estante... que vergonha, Homem do Saco! Logo você, que se orgulha de ser da turma da Lingüística, que ensaia uma pós em comparada, ama literatura marginal, idolatra Bukowski,etc,etc, todo preconceituosão, só porque os danados tem sotaque de portuga? Faça-me o favor, seu pragmátiquinho de merda! Seu semioticistazinho de meia tigela! Shame on you!

Pois foi. Depois de muita reflexão, aproveitei uma ida à Cultura no último fim de semana e comprei o livro. Confesso que quase declinei outra vez, em favor de uma coletânea de contos do Robert E. Howard, criador do Conan, o Bárbaro... mas eu tava numa pegada de ler algo vampiresco bom (veja bem: BOM! minha opnião sobre Crepúsculo permanece imutável... vide meu post Vai uma mordida no cangote? ), então fui direto no livro. Raro, peguei e fui pagar, que eu normalmente demoro séculos dentro de livraria escolhendo livro...



Comecei a ler no domingão, despretenciosamente. Ia ler só algumas páginas, já era tarde, segundona a gente madruga, né? Quando dei por mim, já estava devorando a página 90... e tinha gás pra muito mais. Tive de me esforçar pra fechar o livro e cair no sono...

Resumo da ópera, ontem mesmo eu já virava a última página de Os Sete... míope mas feliz! Eta livro porreta! 380 páginas, e eu quero mais!

Pra encerrar, uma história tirada do site do André, de como foi a primeira tiragem do livro. Achei bem legal!

Do Site:

O segundo romance do autor é justamente o que marca sua estréia no mercado editorial brasileiro. Talvez, tão interessante quanto a história narrada seja a história de sua publicação.
Em final de 99 o escritor ainda inédito decidiu publicar seu primeiro livro por conta própria, indo diretamente a uma gráfica. Na mesma época foi demitido do trabalho e usou justamente o FGTS para bancar a publicação da obra. Em fevereiro de 2000 André Vianco tinha mil exemplares de Os Sete na pequena sala de sua casa.
Já era casado e tinha sua primeira filha, mesmo assim não titubeou em seguir com seu louco sonho de ser escritor de livros de terror e fantasia. Levou um ano para vender os 1000 exemplares e, em 2001, foi descoberto pela editora Novo Século, casa editorial que apostou todas as fichas no talento do novo escritor. Os Sete, distribuído em larga escala para todo o Brasil tornou-se um sucesso, peculiarmente um best-seller formado pelos próprios leitores uma vez o escritor não teve apóio imediato da mídia impressa nem televisiva, canais que abrem pouco espaço para as novidades do mercado.
Graças ao marketing de boca-a-boca os leitores começaram a conhecer o livro que contava a história de mergulhadores que encontram uma caravela naufragada no litoral do Rio Grande do Sul, dentro dela retiram uma enorme caixa de prata que, ao ser aberta, revela sete cadáveres ressequidos e centenários. É claro que algum personagem cabeçudo se machuca, liberando do pequeno corte uma porção de sangue e, finalmente, o primeiro dos sete vampiros desperta.
Um thriller de horror e suspense que vai te prender da primeira a última página.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O pá! Onde está a padaria que ficava aqui?

He he


Outro dia descambei pra um boteco com meu camarada, o caro Dr. Barretinho! Como todo bom mineiro, aficcionado por comida boa e cachaça! Não necessáriamente nessa ordem!

A gente tinha ouvido falar de um bar com comida nordestina, feijão de corda, baião de dois, carne seca, essas coisas, tudo bem feito e muito bem servido. E realmente, nunca comi tanto, e tão bem! Escondidinho...hummmmmmm... A vaquejada... hummmmmmmm... Mulata Assanhada... hummmmmmmmm... tinha manteiga de garrafa, pimenta... uma caninha com mel... tudo de "virá os zóio"!
E os doces caseiros? Um melhor que o outro... acho que engordei uns dois quilos, só nessa...

Mas o assunto do post nem é esse, eu ia falar de uma inovação que meu comparsa instalou no carango, um GPS!

Que treco legal!

E fala português! De portugal!

Tomei o maior susto quando o Barreto ligou o carro e deu a partida. Não tinha visto a paradinha, e de repente, escuto a voz de um portuga no carro com a gente:
- A "calculaire" o "trejéto"!
Mutcho louco! Não é que o Manuel Virtual sabia direitinho o caminho pro boteco? E ia avisando os pontos de interesse que passavam pelo carro! Só deu umas rateadas quando a gente passava pelos radares, e ele avisava 50 metros depois... na volta, a mesma coisa. Avisou do radar depois de uns cem metros...

Fiquei imaginando como seria o GPS português do Joaquim da padaria, o da piada... aquele delay básico lusitano:

- Humm! Passaste por um radaire acima da velocidade, ó pá! Logo ali atrás! Então não viste?
- Ai minha Nossa Senhora de Fátima, devias ter virado à esquerda na redonda! Vais ter que andar muito mais agora, ó gajo!
- Passas o primeiro semáforo. Não vira! Passas o segundo. Não vira! "Tains" então o terceiro! Não vira! O quarto, tomas à direita... ai, passou! Vou ter que recalcular!

E o carioca?
- Ae, bro! I, ae, ó o auê ai! Tu cai pra direita... ih! Passô! Perdeu, playboy!

O GPS catarinense é problema. Se você colocar combustível baseado nas indicações dele, corre o risco de ficar no meio do caminho com o tanque vazio. A última vez que estive em Floripa, o "logo ali" não saia menos de 15 quadras...

Mas foda mesmo deve ser o GPS chinês. Você entra no carro, liga o troço e já ouve propaganda do Partido. Aí, tenta colocar as coordenadas de onde você quer ir. Ledo engano...

- Ni Hau! Ni hau ma? Informamos que o governo bloqueou seu acesso à internet, então terei que me basear em mapas de 1940 para achar o caminho! Recoste-se e siga as instruções de como chegar ao seu destino...
Você protesta:
- Mas eu nem digitei aonde eu quero chegar...
- Você vai pra onde EU mandar, siga conforme as instruções, porco capitalista!

E você liga o carro, já com saudade do seu Guia 4 Rodas...



Em tempo: O boteco é o Bar do Biu, ali na Cardeal Arcoverde, quase na Benedito Calixto! Eu recomendo!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Passinho pro fundo por favor...

Question:

Você sabe o que tá escrito ao lado das escadas rolantes do metrô?
(ok, se você não pega metrô, não se aplica... dãããã!)

Mais uma perguntinha.
Vamos colocar a seguinte situação: você acabou de chupar (ui!) um picolé. Dia quente, centrão, perto da galeria do rock. Você:

( ) fica com o papelzinho na mão e carrega até achar um lixo.
( ) joga fora pô! Gari serve pra que?
( ) Enfia no toba (o seu, se escolheu a alternativa acima... hehehe)
( ) Você não chupa picolé. Prefere Sundae!

Deu pra captar o teor do post? Ainda não? Ok, mais uma.

Tudo parado. A merda do trânsito de São Paulo, uma vez mais, te pegou de jeito. Mas, que maravilha, o acostamento tá livre... Você arrisca?

Pois é.
Caso você entre pelo acostamento, pode ter como certa uma coisa: a menos que sua mulher esteja em trabalho de parto ou você sente uma puta dor do lado esquerdo do peito, eu não vou com a sua cara.

Meus amigos falam que eu ainda arranjo uma encrenca das grandes, mas vou fazer o que? Tem uns comportamentos que eu lamento, desprezo, abomino... pode ser uns exemplos? Entonces, mira:

Busão cheio. Tá aquela puta fila de ônibus no ponto, os motoristas em primeira-segunda-primeira. O que o neguinho que vai descer perto do ponto final tem que se aboletar perto da porta? Cara, o mundo vai descer antes de você! A tua tara é ser encoxado por um batalhão? Então entra pro exército e vira a mascote da tropa! Meu!

E quando nem tá lotado, mas fica uma meia dúzia num ajuntamento sem sentido? É um retorno ao rebanho? Deve ser! Ê-ô-ô, vida de gado, povo marcado, povo feliz?

Ainda sobre busão.
Voltando na fila de ônibus, você no ponto, chega aquele que você quer pegar. Entra um monte de gente na sua frente, e parece que se não passarem pela roleta imediatamente, o cartão vai se auto-destruir. Aí fica aquela fila, todo mundo esperando as tiazinhas pegarem o dinheiro (claro que não tá separado, acha?), contar o troco... o mané encosta a carteira umas três vezes até acertar o cartão magnético... E o ônibus parado, porque enquanto não entrar todo mundo o motorista não pode fechar a porta. Passo pra frente, não passa pela cabeça do povo... legal, né?

Falando em transporte coletivo, todo dia eu vejo no metrô um pessoal que insiste em desafiar as leis da física. Em particular, a que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo. Gente, os caras têm que colocar avisos pro povo se tocar de algo tão básico, que é deixar os passageiros que estão dentro sair, antes de tentar entrar no vagão...



Elevador, a mesma coisa. Sempre tem aquele pessoal que para na porta, nem entra, nem deixa o povo sair... Meu...


Em tempo: ao lado das escadas rolantes do metrô há uma placa que pede ao usuário se colocar à esquerda, deixando a direita livre pra passagem.






Pois é. Fica à direita. Ajuda muito!

E faz bem pra saúde. Se é que você me entende...

domingo, 7 de junho de 2009

Santo remédio, Batman!

Hehe...


Meu camarada Lubov veio hoje com uma história digna de registro.
Vai saber, tem muita gente que fica sofrendo quando poderia resolver a situação em um minuto. Ou dois, cinco...

Soluços.
Diz meu amigo que foi acometido de uma incrível crise de soluços na última noite. Soluço bonito, não aqueles miudinhos de Gueixa, ic-ic, coisa à-toa... Soluço com S maúsculo, brabo, de desarranjar o meio de campo e sair lágrima do olho! Soluço corta-mijo! 7 pontos na escala Ritcher! Sentiu?


Pois estava ele naquele exercício de prender-pra-ver-se-passa, a mulher dormindo ao lado, resmungando no sono, coitada, com o chacoalhar da cama a cada soluço, quando Lubov lembra ter lido alguma coisa sobre soluços na internet. Ou seria na Marie CLaire? Whatever! Meu desesperado amigo lembrou-se que serotonina ajuda a passar crises de soluço! Genial!
Quase duas da manhã, ele foi pra cozinha em busca de chocolate. Nada. Na sala. Nada. Dentro daquele jarrinho, muquifo ideal pra escapar da dieta auto-imposta? Nada...
Bom, não tem chocolate, pensou, que outro jeito eu jogo serotonina no organismo?
Claro! Uma gozada bem dada! Aquele bem estar pós-coito, males resolvidos, sono certo! Voltou pro quarto... A mulher dormia sono alto, melhor não interromper (as duas últimas noites já não dormira, que o Lubov tá com tosse... vai ser azarada assim na PQP!!)...
Felizmente, camarada meu não poderia ser diferente, o Lu tem um puuuuta acervo de vídeo de sacanagem. Foi pro quartinho de TV e... bom, ele explicando pessoalmente como fazia pra bater uma e segurar o soluço ao mesmo tempo já seria um post à parte... mas foi, fez o que tinha que fazer , e esperou...

Segundo ele, não deu nem dois minutos o soluço tinha passado, completamente.
Que felicidade! Voltou pro quarto e dormiu o sono dos justos...


Fica então registrado o método. Eu já tinha lido que fazia bem, tipo, atuava na prevenção do câncer de próstata. Mais um motivo, agora, para o bom e velho hábito...

Só uma questão: alguém ai sabe como eu faço pra provocar soluço???

Tratamento de soluço no convênio Médico - China

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Momento de Silêncio

Shhhhh!!

David Carradine 08/12/1936 - 03/06/2009

Comecei a treinar Kung Fu impulsionado pelas lembranças da série, que eu assistia na minha infância (olha eu entregando o ouro de novo...).

Eu achava ele canastra, lutava mal pra caraio, não era bonito... mas eu adorava ver o Kwai Chang Kane quebrando os cowboys do velho oeste com aqueles golpes fake em câmera lenta.
Mais tarde veio Kung Fu - A Lenda Continua, remake da série nos tempos atuais, o David interpretava o bisneto do monge do velho oeste, e tinha aquela frase na abertura: "Meu nome é Kaine. Eu vim ajudar"
Continuava lutando mal, canastra, mais feio e mais velho... o seriado era total meia-boca!!Eu adorava!!!

Kill Bill nem se fala! E o fim? Ele perguntando pra "Noiva" , Como eu estou?, aí levanta, anda, ploft... digno, mortal...

É... pois é...

Tchau, gafanhoto!


quinta-feira, 4 de junho de 2009

Templo de Meditação

He he

Filosofia de porta de banheiro. Quem nunca leu? Pior, mesmo sendo uma besteirada só, quem nunca deu risada?
Me amarro (nossa... desenterrei essa... gíria é feito moda? Tem gíria vintage?) em ler porta de banheiro. As da facu de Letras, da USP, por exemplo! Cada pérola de literatura marginal! À parte os recadinhos do coração (Sou alto, roludo, gostoso, quero te comer... etc...) surgem, de quando em quando, uns fragmentos filosóficos dignos de nota!
Teve um debate, certa vez, que nunca vou esquecer. Sério, tirei foto pra não esquecer. Tá aí embaixo. Olha a transcrição, que pérola...

- Minha mina come meu cu com vibrador!
- Se você dá o cu, é porque é bicha!!
- Então, se eu comer o cu da minha mina, ela deixa de ser hetero?

Fala se não é uma jóia da lógica!



E tem o pessoal que gosta de tudo explicadinho:

Veado = macho da corsa
Viado = estudante de letras



O que eu achei muito injusto. Não pelo viado, mas, e o pessoal da arquitetura, pedagogia, nutrição... tá certo que eu também puxo sardinha pra minha facu, mas não sejamos injustos, que os outros viadinhos menos literatos vão se chatear, né?

Olha essa:



Meu, quem se dá ao trabalho de corrigir frase de banheiro?

Eu só fico imaginando, o que será que escrevem no banheiro da Poli? E=mc2, v0=v2-v1, x2+x+n=2 ?
E no banheiro do Vaticano, será que rola piada de padre? Ou de Judeu? Será que é em Latim?


Bom, encerro o post aqui, que tenho que... meditar.

Sabe como é, feijoada, caipirinha...