Meu,
Acabei de ler um livro que eu namorava na livraria há tempos: Os Sete, do André Vianco.
Sabe como é? Você olha a capa, folheia o livro, pensa "deve ser legal... será?", e põe de volta na prateleira.
Eu fiz isso uma pá de vezes com a obra do Vianco.
Sei lá, vampiros em Terra Brasilis? Que esquisito, né? Eu olhava, folheava, desconfiado, e lá voltava ele pra estante... que vergonha, Homem do Saco! Logo você, que se orgulha de ser da turma da Lingüística, que ensaia uma pós em comparada, ama literatura marginal, idolatra Bukowski,etc,etc, todo preconceituosão, só porque os danados tem sotaque de portuga? Faça-me o favor, seu pragmátiquinho de merda! Seu semioticistazinho de meia tigela! Shame on you!
Pois foi. Depois de muita reflexão, aproveitei uma ida à Cultura no último fim de semana e comprei o livro. Confesso que quase declinei outra vez, em favor de uma coletânea de contos do Robert E. Howard, criador do Conan, o Bárbaro... mas eu tava numa pegada de ler algo vampiresco bom (veja bem: BOM! minha opnião sobre Crepúsculo permanece imutável... vide meu post Vai uma mordida no cangote? ), então fui direto no livro. Raro, peguei e fui pagar, que eu normalmente demoro séculos dentro de livraria escolhendo livro...
Comecei a ler no domingão, despretenciosamente. Ia ler só algumas páginas, já era tarde, segundona a gente madruga, né? Quando dei por mim, já estava devorando a página 90... e tinha gás pra muito mais. Tive de me esforçar pra fechar o livro e cair no sono...
Resumo da ópera, ontem mesmo eu já virava a última página de Os Sete... míope mas feliz! Eta livro porreta! 380 páginas, e eu quero mais!
Pra encerrar, uma história tirada do site do André, de como foi a primeira tiragem do livro. Achei bem legal!
Do Site:
O segundo romance do autor é justamente o que marca sua estréia no mercado editorial brasileiro. Talvez, tão interessante quanto a história narrada seja a história de sua publicação.
Em final de 99 o escritor ainda inédito decidiu publicar seu primeiro livro por conta própria, indo diretamente a uma gráfica. Na mesma época foi demitido do trabalho e usou justamente o FGTS para bancar a publicação da obra. Em fevereiro de 2000 André Vianco tinha mil exemplares de Os Sete na pequena sala de sua casa.
Já era casado e tinha sua primeira filha, mesmo assim não titubeou em seguir com seu louco sonho de ser escritor de livros de terror e fantasia. Levou um ano para vender os 1000 exemplares e, em 2001, foi descoberto pela editora Novo Século, casa editorial que apostou todas as fichas no talento do novo escritor. Os Sete, distribuído em larga escala para todo o Brasil tornou-se um sucesso, peculiarmente um best-seller formado pelos próprios leitores uma vez o escritor não teve apóio imediato da mídia impressa nem televisiva, canais que abrem pouco espaço para as novidades do mercado.
Graças ao marketing de boca-a-boca os leitores começaram a conhecer o livro que contava a história de mergulhadores que encontram uma caravela naufragada no litoral do Rio Grande do Sul, dentro dela retiram uma enorme caixa de prata que, ao ser aberta, revela sete cadáveres ressequidos e centenários. É claro que algum personagem cabeçudo se machuca, liberando do pequeno corte uma porção de sangue e, finalmente, o primeiro dos sete vampiros desperta.
Um thriller de horror e suspense que vai te prender da primeira a última página.
Ônibus 4010-32 (cont.)
Há 3 meses
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