terça-feira, 26 de agosto de 2008

Tipinhos...

Kafka disse (acho...) que o ser humano é o único animal que ri da própria desgraça.
Será?
Resolvi listar alguns micos memoráveis de anos passados, a fim de alertar possíveis malucos de primeira viagem em armadilhas com mulheres, amigos-cilada, etc...
Pretensão, né?
É.
Ao mesmo tempo, aproveito pra exorcizar uns fantasmas do passado.

Tipinho 1 - A Psicóloga

Recém divorciado é phoda. Você se sente como criança em loja de doce. Ou gordo que saiu da dieta e caiu na churrascaria. Quer comer tudo o que o garçom trouxer, e manda mais uma polentinha pra acompanhar, meu bródi?...

Estava eu neste estágio lobo à solta na caçada, passeando com meu fiel escudeiro Luke, tomba-lata de primeira, quando vejo uma lourinha com uma cadela, vagando por uma praça aqui do centro. Bem treinado que é, meu doguinho foi brincar com a doguinha, abrindo caminho pro dono começar a arte da cantada (cortesia entre machos)... papo vai papo vem, telefones são trocados e a gente marca um cineminha, recheado de segundas intenções. Primeiro encontro, vamos pro apê. O dela. Uma "Kitchi " na frente da Santa Casa. Oitavo andar.
Noite quente, papo quente, breja gelada, cama macia... no meio do rala-e-rola, pergunta: - Posso abrir a janela? Tenho tara de ser comida na janela...
Eu sou canalha, porém cavalheiro, a dama quer a dama tem... "lógico que sim, claro, abre aí..." e fuck-fuck-fuck...
Na hora do gozo a mulher começa a gemer em altos brados, gritão mesmo! Nunca vi igual... nunca! Juro!
Depois, mais calma: " você não se assustou, né? Ás vezes eu fico fora de controle...". Pensei: Eu, não... mas os pacientes aí da frente devem ter ido parar na UTI...
Então.
Já aí, qualquer um com juízo de mosca teria se retirado. Mas eu sou insistente. No erro...
Outro dia, outra trepada. Era Novembro, meio do mês. No after-coito, momento de fragilidade masculina, onde o gigante-pela-própria-natureza vai pouco a pouco se tornando um pingulim, ela me solta: "ai, que bom que eu vou passar esse fim de ano com alguém legal como você (???)... o ano passado eu passei amarrada no hospital..." Hummm????? "não, bobagem... é que eu perdí a cabeça e arrebentei o carro de um ex-namorado... tiveram que me dar Diazepam na veia... mas esse ano vai ser diferente...". Nem preciso dizer que travei. Passei a suar frio. Tive um vislumbre do inferno e do que me aguardava.
Abre-se um parênteses aqui para explicar o título desse primeiro Tipinhos... a mina trabalhava como psicóloga. Não só isso, ela atendia detentos. Sabe aquele pessoal bonzinho, que estoura rebelião porque o feijão tá sem caldo? É é é... Pô, eu achei que, sendo psicóloga, ela devia ter uma cabeça ótima, bem resolvida, sei lá... ledo engano...
Já alerta pra situação de risco que eu me metera, tinha que dar um jeito de sair pela esquerda sem criar tensões que gerassem represálias. Vai que ela manda uns caras atras de mim. Resolví sair mais umas duas vezes e fim.
Mas não deu. Uns dias depois, fomos ao cinema, já tardão. Dia seguinte, eu ia acordar cedo. Então, quando depois do filme ela me perguntou o que ia rolar, eu falei que tava gripadão (verdade) e ia só levar ela pra casa e ir dormir. Pra que?! A mulher começou a gritar a plenos pulmões na Av. Paulista: "Assim não é possível! Você pensa mais no seu trampo que em mim! A gente tem que discutir nosso relacionamento!". Não aguentei: "Seguinte, pirada: A gente não tem um relacionamento pra discutir, a gente saiu três ou quatro vezes, e se ficar gritando vou te deixar aqui no meio da Paulista e puxo o carro!"
Ela gritou. Eu puxei o carro.
No dia seguinte, os torpedos no celular. Ela me mandou 22. Os primeiros, até respondi. Altenava alguns tipo "volta pra mim que eu te amo mais que tudo" até "você é um desgraçado que merece morrer". Pior que eram intercalados, um de amor, outro de ódio. Que medo!
Uns dias depois, muita insistência dela, a gente se encontrou uma última vez. Usei os anos do curso de teatro, e joguei o velho papo, "olha, não é você, sou eu (hum hummm), eu fiquei traumatizado com a separação, ainda amo minha ex, to sem grana, vou perder o apê, meu trampo tá uma merda..." resumindo, dez minutos depois, estamos os dois chorando, ela me abraça contra o peito e diz:" vai, você tem que se tratar, mas quando você estiver bem, eu vou estar aqui... me procura... porque eu te amo..."
Fui embora. Espero que ela esteja bem. E bem longe!

Ufa!

Exorcismo feito.
Tipinho número um fora do saco!


4 comentários:

Unknown disse...

É sério o que eu falo a respeito do ápice da evolução da sua vida sentimental...

Mas seu gosto pra foto de mulher pelada já é diferente, tá sempre em fraaaaaaaaaaanca ascenção!!!

Lorena disse...

caralho, que medão!!! mas essa muié aí d foto eu encarava até se ela tivesse de camisa de força. auhauahuhauha.

Unknown disse...

Caro "amigo do saco"....saco de quem?!!!! Posso ficar "anus" sem te ver, mas oque me conforta, é que continuas o mesmo podre de sempre!!!!
Sabe que tenho um ditado???
Essa é pra pensar!
UM CACHORRO CHEIRA O OUTRO!!!!!
Bacho te amo ciao bello!!!!

Homem do Saco disse...

Pô, Alê, eu fiquei pensando mesmo na frase... como não veio nenhuma epifania, resolvi cheirar o Luke.

Ele me mordeu.

Quando a gente se encontrar vou te dar um tabefe por fazer eu cheirar o cu do meu cachorro!!!
HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUHA

BEIJOS!! SAUDADE DE VC, BRUXA DESDENTADA!!